Ando há muito muito tempo para falar aqui do nosso pão.
Há mais de cinco anos que, cá em casa, não compramos pão. Nunca. Mas na verdade, por ser uma coisa tão natural como fazer o jantar todos os dias, nunca me tinha ocorrido dedicar-lhe um post. Quer dizer, falei nele aqui, o segundo post deste blog (ainda tão diferente do que é agora) mas nunca falei de como o fazemos, mas desta vez, a pedido de várias famílias, vou falar nele ao pormenor. Agora o que dizer do nosso pão… A receita? Posso dizer a receita do nosso pão básico, do integral, o de centeio, o pão de leite ou até mesmo do pão de banana. Mas o segredo do nosso pão ser tão bom não é a receita, mas sim o padeiro (?”!) o segredo do nosso pão é o “amasso” ( continuo a falar do pão!).
Ou seja, por mais que dê aqui mil receitas de pão, se não houver quem o amasse com muito empenho e muito amor, o pão não vai ficar assim tão bom.
Por isso, neste post não só vou apresentar a receita do nosso pão básico, como também explicar como é que ele entra na nossa rotina.
É sempre feito ao Domingo, porquê ao Domingo? Tudo começa aqui. Desde que nos casámos que os nossos domingos são sagrados, não no sentido de ir à igreja mas de vermos um filme enquanto jantamos uma pizza. Só nós os dois, com os meninos já a dormir. E, aproveitando que temos de fazer a massa para a pizza, fazemos também um pão básico e, normalmente, também um integral. Desta padaria toda deixa-se um pão para ir consumindo fresco ao longo da semana e a restante é depois fatiada e congelada. Quando temos festas, jantares ou por alguma razão o pão acaba mais cedo, fazemos mais. Porque, apesar de não parecer o pão não demora tempo a preparar, o que demora tempo no pão é a levedação (mas neste fase não é preciso fazer nada apenas esperar), pelo que fazer pão é mesmo rápido e tira muito pouco tempo ao nosso dia-a-dia.
Claro que existem muitas outras receitas que gostamos de fazer e estamos sempre à procura de novas receitas e de aprender mais sobre pão (foi assim que há cerca de um ano descobri este blog, com o qual têmos aprendido muito e que segundo o padeiro cá de casa “é espectacular”) mas isso são outros pães – talvez melhores, mais investidos, mas que não são tão nossos como esta receita.
E esta é então a nossa receita básica de pão. O mais simples e prática possível. Objectivo: fazer um bom pão com o mínimo distúrbio possível. A primeira fase é feita num alguidar e não num charmoso monte de farinha na mesa para não perder tempo a limpar tudo depois. A massa tem um pouco menos água para as mãos do padeiro estarem minimamente disponíveis para por exemplo de repente pegar alguém ao colo. É usado fermento fresco comprado para diminuir o tempo das levedações.
Ingredientes: 1kg de farinha, 600ml de água tépida, 2 cs de sal fino e 2 cs de açúcar, 25g de fermento fresco. Juntar tudo num alguidar e envolver com uma colher até obter uma mistura mais ou menos homogénea.
Ainda no alguidar amassar à mão ligeiramente e passar a massa para a bancada. E agora sim amassar vigorosamente, dobrando ocasionalmente a massa até se conseguir uma massa suave e elástica. Formar uma bola.
Envolver a bola de massa em farinha colocar no alguidar, tapar com um pano e deixar levedar até dobrar de tamanho (cerca de 1h). Quando tiver dobrado de tamanho, amassar cuidadosamente retirando o ar da massa. Depois é só dar a forma que se quer ao pão, deixar levedar novamente até dobrar de tamanho e levar ao forno à temperatura máxima e ir controlando a cozedura.
Excelente. E muito obrigado pela receita e fotos.
Só uma duvida, que tipo de farinha é usado ?
Obrigado 🙂
Obrigada Sérgio pelo comentario . A farinha é tipo 65.
Obrigado 🙂

Resultou na perfeição.
Ficou com um excelente aspecto Sérgio! Que bom!
Gostaria de saber se posso guardar na geladeira ou freezer a massa para fazer uso posterior???
Obrigada
Onde compra o fermento fresco?
já fizemos a vossa receita três vezes! todas resultaram maravilhosamente!
o rapazola adora ajudar e diz na escola, cheio de orgulho, que foi ele, a mãe e o pai que fizeram juntos, em casa! este fim de semana vamos dar asas á imaginação e experimentar outras farinhas… vamos ver como corre!!
beijinhos da costa alentejana, Xana