Desde que acordo que a minha cabeça, começa a pensar em tudo o que quero fazer nesse dia. A minha agenda enche-se, semanal e diariamente de uma série de “to-dos” que sei que ficarei feliz de os ver cumpridos.
De dia e de noite tenho sempre coisas para fazer. Compromissos com os filhos, compromissos no trabalho, compromissos na cozinha.
Então, e o resto? E há tanto resto… Um marido, uma máquina de costura, agulhas de tricot e livros. (Já para não falar da decisão que tomei de descansar mais e deitar-me mais cedo).
As minhas noites da semana dividem-se entre as vésperas de ir correr às 6am e as próprias noites que fui correr às 6am. E, por isso, para além de tudo o resto, tenho sempre o fantasma do “tenho de dormir”.
Ok, e são muitas as noites que durmo. Não cedíssimo, mas cedo q.b.para não cair para o lado. E então, noite após noite tenho decisões dificílimas para tomar. Decisões estas com as quais andei a sonhar o dia todo. “Logo à noite vou isto, aquilo e aqueloutro” mas depois, o que acontece é que a noite é mínima.
Miúdos a dormir, casa arrumada já vamos em dez e picos. E agora? o sofá chama, óbvio. Naquele momento é tudo o que mais me apetece. Mas… e todos os projectos que me andam na cabeça. E o livro que estou a adorar? Em que parte é que fica tudo isto no meu dia a dia?
Enfim, dúvidas de uma pessoa com pouco tempo mas muita vontade. Então vou gerindo, noite após noite o que vai ter prioridade.
E, às vezes, quando o sofá não é o primeiro escolhido percebemos que afinal a noite é muito maior do que se imagina. E o cansaço sobrevalorizado. Nada que não se resolva com mais um café e uma noite bem dormida no dia seguinte.
Malditos dias pequenos e às vezes com tão pouco proveito!
Percebo-te, muito para fazer e pouco tempo para o conseguirmos…
tão tão verdade! o tempo voa completamente, e acho que passo o dia todo a fazer planos para o que vou fazer com esses minutos da noite (que parece que não passam disso… só minutos!)