Vivo a traçar objectivos, metas, opções e focos que me permitam viver tudo mais intensamente .
Sou ambiciosa, não no sentido profissional do termo, mas no sentido de querer ter a melhor vida possível e aproveitar tudo o que posso. E, por isso, estou sempre a definir e a redefinir ideias e focos, para que todas as áreas da minha vida sejam preenchidas. Claro que estas não consistem apenas em fazer e produzir (como às vezes pode parecer) senão não preenchia com certeza todas as áreas, fazem parte dos meus focos de vida principais: amar, mimar, descansar, aprender, conhecer, realizar, curtir.
Tento criar um equilíbrio entre todas as áreas da minha vida focando-me um bocadinho mais aqui, outro bocadinho mais ali para ir reabastecendo de energia todas as áreas. Como se fosse um jogo. Estão a ver um jogo de computador com várias barras de energia? é assim que imagino a vida – uma vida, muitas áreas. Claro que queremos que todas as barras estejam o mais cheias possíveis, mas isso é praticamente impossível, por isso tento compensar umas e outras, e outras e umas. Tento escolher e injectar com energia aquilo que precise mais de ser investido. Tomar as decisões certas e que mais consigam satisfazer todas as partes principais da vida.
Alguém jogava ao “Prince”? Lembram-se que havia uma batota (poptrain) que ficávamos com vidas infinitas? Pois é, era óptimo e tudo muita fácil, podíamos tomar decisões sem pensar verdadeiramente nelas, podíamos escolher um caminho, ser “cortados ao meio por uma lâmina” que depois voltávamos sempre ao início e escolhíamos tudo outra vez. Dessa vez melhor. Mas isso na vida não existe. Temos que fazer escolhas e decisões e não dá para voltar atrás nem nos podemos lamentar do que poderíamos ter feito e não fizemos, do que passou e não foi aproveitado, do que existiu mas não foi investido do que recordamos mas não vivemos.
Claro há sempre aquela uma outra área que está mais em baixo e que não há meio de ser reabastecida, então aí temos de pensar que felizmente existem tantas outras áreas que podem compensar a frustração daquela parte da nossa vida não correr bem. Não que signifique desistir dela, mas se calhar dar-lhe menos importância e então dar tudo por tudo pelas outras.
Por exemplo, as áreas que eu mais me foco são: o amor, a minha família, os meus amigos, o trabalho, a minha casa e os meus “hobbys”. Pode parecer desinteressante aos olhos de um astronauta, limitado aos olhos de um viajante e pobre aos olhos de um homem de negócios. Mas para mim é interessante, intensa e rica.
Se tiver de dar uma pontuação a cada um destes focos facilmente ia perceber que, a cada momento há uns mais investidos do que outros. Claro que quero ter tudo no máximo, cheio e a transbordar, mas isso não consigo, então vou variando o foco consoante aquele que quero ver mais cheio ou aquilo que está a ficar mais fraquinho.
Tenho tido a sorte de as coisas me correrem naturalmente bem. Sei bem o que isso é, e o valor que lhe dou, só eu sei. Nunca precisei de tomar uma decisão muito difícil (embora tenha feito muitas escolhas e tomado muitas decisões e, o que separa o momento da fotografia em cima e o dia de hoje são, não só 15 anos mas um conjunto de escolhas e caminhos que me tornaram a pessoa que sou hoje -não seria melhor nem pior, mas diferente) mas, daquelas mesmo duras, de correr o risco de apanhar com a tal -“lâmina que nos parte em dois”, de ter de abdicar de alguma coisa em detrimento de outra essas ainda não tive de tomar. E lá vou conseguindo reabastecer os meus níveis de energia sempre que eles precisam. Mas quando há uma que falha tento pensar: deixa-me lá ver onde é que eu posso ganhar energia.
Porque se tudo está em baixo, e nada fazemos contra isso, não há hipótese: Game Over.
Bom dia Maria,
É engraçado como me revejo nas tuas palavras!
Beijinhos e boa semana (cheia de energia),
Alexandra Santos
Obrigada Alexandra! Beijinhis