Quando o teu orçamento familiar não permite grandes divagações nas mini férias de Carnaval tens duas opções: lamentar o facto de não poderes levar a tua família numa viagem, ou improvisar uma viagem até onde o teu orçamento te permita ir.
Ou seja podes sempre viajar. Seja no teu bairro, na tua cidade ou, se se reunirem as condições podes até ir mais longe. E podemos ir tão longe no nosso pequeno país (foi bem apanhado o slogan“vá para fora cá dentro!”)
Confesso que estamos seriamente decididos a conhecer melhor Portugal e, na verdade, estamos também a aproveitar-nos do facto de os rapazes andarem completamente viciados em História de Portugal (e tudo o que trate de reis, descobrimentos e outros grandes feitos) para, fazermos passeios em que se consegue integrar o melhor que a natureza tem com o melhor que a história nos deixou.
E tem sido um sucesso.
Estes dias rumámos até ao Ribatejo sem fim. Temos amigos que lá moram (e que não se importam de receber 6 pessoas e 2 cães em sua casa – na verdade já estão habituados) o que ajuda bastante pois temos uma casa onde ficar, confortável e em boa companhia.
Conheço mal esta zona do país – apesar de ser mesmo aqui ao lado – mas, apesar de tudo, muitos dos sítios que visitamos e que nos propusemos visitar já os conhecia da minha infância (eu e a minha mãe sempre fomos umas boas parceiras de passeatas).
Enfim, introdução à parte. Entre a casa acolhedora dos nossos amigos e alguns passeios nas redondezas foram dias com sabor a férias.
O castelo de Almourol, embora bem mais pequeno do que eu me lembrava dele (a escala da nossa infância é um tema que eu adoro pensar, como era tudo enorme!) é um programa que vale a pena. Tem o programa de ir de barco, que é sempre emocionante, dá para ter umas vertigens e ainda somos presenteados com uma linda paisagem.
Mas, apaixonada apaixonada fiquei pela pequena aldeia piscatória de Escaroupim. Cheia de gente simpática e acolhedora com quem apetece ficar a conversar e a saber tudo sobre aquela terra. As casas são coloridas e estão muito bem estimadas e é com gosto que uma simpática senhora nos mostra a casa onde viveu o seu pai, as redes que usava para apanhar o peixe e que tipo de peixe se apanha ali.
A calma que a aldeia transmite é indescritível. Visita-se em 10 minutos, mas vale mesmo a pena.
Enfim, por conhecer ficaram ainda muitas coisas, para um próximo programa. Mas estes dias, já ninguém nos tira. Mesmo aqui ao lado.
Escaroupim é linda! Que belo passeio 😉
O Ribatejo tem muitas surpresas, para além da tradicional lezíria… a minha “casa” de férias na infância 🙂
Aproveito para comentar o quão maltratado está o nosso Tejo, é uma tristeza ver a poluição a agravar-se. Há descargas poluentes a entrarem no Tejo, em diferentes zonas, começando desde logo por Espanha…
Precisamos preservar o que (também) é nosso!
(peço desculpa se aproveitei este espaço para comentar, mas se não nos alertarmos uns aos outros… não resolvemos e… juntos, somos realmente mais fortes. Obrigada!)