Sou tão imensamente repetitiva quando falo do mês de Junho.
Todos os anos as mesmas coisas. Mas nunca me canso.
Felizmente há vida para além das noitadas e da praia.
Hoje vou falar de (alguns) clássicos lá de casa que o Verão – e este mês em particular- traz com ele.
Primeiro clássico : ginjinha. É simples de fazer, e sei que vai saber mesmo bem quando chegarem as noites frias de inverno, seja para a oferecer aos nossos clientes da Cena, como presente para alguém especial ou mesmo para nós. No ano passado não a fizemos e tivemos algumas reclamações…
A receita está no livro “Viver Devagar”. Para quem não o tiver e quiser a receita pode dizer que eu dou – e juro que não fico chateada! Tenho a certeza que, mais tarde ou mais cedo o vão comprar, nem que seja com o subsídio de Natal. Ahaha.
Segundo clássico: As compotas. A fruta boa desta época tem de ser bem aproveitada para quando chegar o frio e a fruta com menos graca. Para já comecei com a de alperce – uma das minhas preferidas- mas ainda penso fazer muitas mais. A ideia é só uma: armazenar no Verão para consumir durante todo o ano. Estes alperces já estavam bastante maduros – o que para a compota é óptimo, para além disso o Senhor Eduardo, da mercearia vendeu-me dois kilos deste doces alperces por apenas 1€, caso contrário iriam-se estragar.
Confesso que, como tudo, fiz a compota a olho. Tirei alguns mais estragados e os caroços (imagino que tenha ficado com 1,5kg no total). Depois de lavados cobri-os com 1kg de açúcar amarelo e assim os deixei durante uma noite.
No dia seguinte foi só levar esta mistura ao lume até atingir o ponto desejado (ponto estrada). Este 1€ de alperces deu me para 5 frascos bem cheios e ainda um mal cheio.
Terceiro clássico: Gelados caseiros de melancia. Este fim de semana o calor foi demais e vingámo-nos nos gelados (simplesmente melancia batida e congelada nas formas de gelado – tenho várias, umas de pauzinho e outras género “Callipo”). Um sucesso e muito refrescantes!
Quarto clássico: apanhar ramos de alfazema e fazer jarras de cheiro. Guardá-las para fazer saquinhos de cheiro ou, simplesmente oferecer a amigos queridos.
Quinto clássico: comemorar o solstício de verão. Seja de que forma for. Este ano foi noite de santos e sardinhas (sexto – e o melhor – clássico). Carrinhos de choque, sardinhas, imperiais e farturas.
O Verão chegou. E que bom que é quando chega o Verão.
Ps. No meio de tudo isto sempre um sentimento estranho, de culpa e tristeza e choque com a tragédia do fim-de-semana, nem por um segundo deixei de pensar no que aconteceu. Revoltam-me estas tragédias que TODOS OS ANOS o Verão traz com ele. O que mais será preciso acontecer para que os nossos governantes abordem este problema de forma séria? Da minha parte acho que pelo menos vamos tentar fazer um esforço para durante o inverno nos lembrarmos também do flagelo do fogo e pensar no que cada um pode fazer.
Mas isso será assunto para um outro post.
Olá, só para dizer que já comprei o teu livro e o li em apenas dois serões. Guardei muitas dicas interessantes e vou continuar a seguir o teu blog inspirador 🙂
Olá Carla, não tenho visto aqui os comentários mas fiquei tão contente com as tuas palavras! Obrigada e vai partilhando e comentando por aqui !! Beijinhos
Santo Amaro em Alcântara?
Sim!!!
Adoro TODOS os clássicos de junho. Tão simples e genuíno. Como sempre.
Ando doida à procura de paus e formas de gelados para crianças. Se tiver um tempinho, posso saber onde arranjar?