É difícil descrever o primeiro mês com um novo filho em casa. Tudo parece irreal, uma mistura de viver num sonho com injeções de amor e de oxitocina com alguns medos e o sentido da vida posto em perspectiva. De querer por os pés na terra mas ainda não ser capaz. De querer fazer “vida normal” e ao mesmo tempo não querer sair deste estado. O embrulhanço já falado.
Gerar uma vida não é banal. Nem ao primeiro, nem ao quinto, nem o será certamente ao décimo. E por isso, tudo no mundo passa para segundo plano. Por isso não tenho escrito por aqui. Por isso não me apetece muito ir a jantaradas. Por isso não faço tantas coisas como fazia. E se calhar tenho de comprar biscoitos. E cereais. E por isso isto e por isso aquilo. E que se lixe.
Demorou até conseguir perceber que apesar de já ter passado de um mês não temos de fazer vida “normal”.
Tem sido dos melhores meses da nossa vida. E não há privação de sono que me faça hesitar um minuto ao dizer isto.
Agora, devagar, começo a deixar o mundo entrar de volta em mim. Sem pressa. Porque viver devagar também é isto. Só estar. Curtir. E estamos assim os sete a dar uso ao nome do livro que escrevemos. Enquanto a vida toda entra em nós, também devagarinho.
Muitos parabéns Maria! estas fotos são um encanto!! parabéns por tudo.. e por estes filhotes tão lindos!
bjos doces
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Tão bem descrito, fez-me reviver o 1º mês cá em casa do nosso Manuel agora com 9 meses. Parece um mês meio irreal de tão bom que é. A chegada de um novo membro à família, o pronunciar o nome dele e torná-lo parte de nós… é maravilhoso. Essa sua força já me “influenciou/encorajou” a ir ao 4º filho. HEHEHEHEHE
Muita saúde para todos 😀
a sentir a falta de vos ler…