Negócios caseiros



  

Às 17.30/ 17:45 estamos todos em casa. É aqui que reside o “tempo” que tantas pessoas nos questionam. Estou sempre a repetir. Mas… há uma parte que não explico.

Quando chegamos a casa não nos vamos, sentar no quarto a brincar com os filhos ou sentá-los no sofá a ver televisão. O nosso fim de tarde é, na verdade a parte mais dinâmica e trabalhosa do nosso dia.

Somos todos ocupados mas, quem comanda as operações somos nós e, por isso quem se junta a nós, são eles. (não que não dedique alguma parte da tarde a brincar e a fazer TPC’s, atenção!)
Normalmente a cozinha é o sitio onde passamos mais tempo quando regressamos a casa. Preparamos um segundo lanche (vêm sempre cheios de fome da escola), eu vou preparando e adiantando algumas coisas. Sopas, bolachas, cereais, o jantar etc. No Inverno gosto de fazer um chá, que todos vão bebendo. Eles vão entrando e saindo conforme lhes apetece. Nós também. Na verdade, ao fim da tarde só não faço tricot…
Mas, mais importante do que estes momentos, é o facto do regresso a casa cedo não significar que o trabalho acabou. Muito pelo contrário. Porque temos, e cada vez a crescer mais, dois “negócios” familiares. Ou melhor, o meu contributo neste negócio não é mais do que preparar o jantar e ir gerindo os meninos porque, na verdade é tudo feito por ele.

Como faz tudo, para além de tratar da nossa horta, o Francisco, quando chega a casa veste a camisola. Ora de pintor, ora de marceneiro. Claro que há dois rapazes lá em casa que já lhe querem seguir as pisadas e que vivem orgulhosos deste homem faz tudo que é o pai deles. Querem aprender tudo e, sempre que podem lá vão eles para o atelier do pai, que entre tintas e goivas lá lhes vai ensinando algumas coisas.

A pintura há muito que faz parte da sua vida, e tenho a certeza que chegará o dia em que poderá ser este o principal trabalho da sua vida.

A dedicação ao trabalho com madeira é mais recente, uma paixão a crescer a olhos vistos e da, mesma forma que um negócio também a crescer a olhos vistos (como não podia deixar de ser, pois não há peças com as dele).

Eu, não só como sua mulher mas como parte integrante deste nosso negócio familiar , não posso deixar de fazer publicidade ao facto dos seus desenhos estarem  todos com saldos de 40% até ao próximo dia 15 de Janeiro e de vos convidar a tod@s a espreitarem (e não só!) a sua página de desenhos e pinturas aqui. Como também a verem o trabalho espectacular que faz com madeira.

Quando começarem a ter as suas obras em casa, seja os seus desenhos pendurados na parede ou as suas peças de madeira para servirem seja o que for, vão perceber que não é só por ser ELE que faço aqui publicidade.

Sexta feira parte 5

  
  

  
  

Dia de chuva e sexta feira é, para quem tem filhos pequenos, a combinação perfeita. Ou seja: já que sabes que não vais sair à noite então nada como sentir como é quente e acolhedor o nosso lar.
Como já tenho vindo a contar aqui, aqui e aqui, a sexta feira é uma noite familiar muito importante para nós (na verdade a única noite que temos verdadeiramente com eles ao fim de semana, pois cá em casa as crianças estão excluídas da noitada ao sábado e ao domingo .

Hoje disse-lhes que íamos aproveitar o dia lindo que esteve e fazer um piquenique… de pijama. Peguei no nosso cesto, pus o meu chapéu et… Voilá! fizémos um piquenique bem no meio da nossa sala, com tudo a que temos direito, claro: Maçarocas , salsichas frescas, batatas fritas e uma boa salada de queijo cabra. Palitos de cenoura com molho  e , claro uns queques de chocolate acabadinhos de sair do forno (a parte boa de fazer um piquenique em casa é ter tudo quentinho e acabado de fazer!)

No fim, em vez de uma sesta à sombra fizemos desenhos, tricot e ouvimos uma história . E assim acabou a nossa sexta feira…(mentira, ainda não acabou que eles estão acordados enquanto escrevo este post, ninguém quer dormir, deve ter sido se terem apanhado demasiado sol. Para a próxima também eles põem um chapéu!)

Começou 



    
  

Finalmente começaram as férias cá em casa. Férias de trabalho, de escola, de festas, de reuniões de fim de trimestre, de jantares e almoços.  Chegou o dia de recolher à nossa casa, à nossa família e preparar a tão esperada noite de Natal.

O excitamento dos meninos é muito. O grande dia aproxima-se e de repente apercebem-se que afinal passaram tão depressa estes dias do advento.

Cá em casa a calma da recolha contrasta com o rodopio dos preparativos de quem adora fazer tudo como manda a tradição.  Ainda há alguns presentes por fazer e outros por embrulhar. Os postais tiveram de seguir em correio azul (ou corríamos o risco de não chegarem a tempo).  Fazemos as ultimas decorações: centro de mesa, decoração de cadeiras e uma ideia linda daqui.

A noite de Natal é em nossa casa e, ainda por cima, nessa mesma noite o pai natal passa por cá e, já há muitos anos que se habituou a comer as bolachas que lhe deixamos pelo que seria gentil não o deixar ficar mal. Pareceu-me então melhor deixá-las já prontas, já que no dia 24 entre fazer o bolo rei (cá em casa é o Francisco que faz o faz – receita maravilhosa da Maria de Lurdes Modesto), as fatias douradas, o bacalhau e 4 filhos à mistura podia ser que não sobrasse tempo para as bolachas.

Da mercearia do meu bairro trouxe, broas de mel e noz e encomendei, como sempre, os sonhos – os melhores sonhos que já conheci.

Amanhã é dia de irmos passear, adoro o movimento das ruas neste dias (e noites) que antecedem o Natal. E hoje, a caminho de casa, ainda deu para ver o pôr do sol, o primeiro do Inverno e explicar-lhes que foi o dia mais curto do ano e que a partir de agora todos os dias serão um bocadinho maiores. Viva  o solstício de Inverno e a todos um Bom Natal.

(Impossível fotografar com o iPhone a beleza que estava este sol)

O advento


  
  



Este ano o Natal atrasou-se cá em casa. Ainda não percebi se tem mais a ver com as obras que por aqui tivémos – sim, mega obra onde todos mudámos de quarto, os meninos passaram a estar num quarto e as meninas noutro – ou se tem a ver com o facto do dia 1 de Dezembro ser agora um dia dito “útil”. Não vou, de todo, dar a minha opinião sobre a retirada dos feriados nacionais, mas confesso que o 1 de Dezembro me  faz muita falta pois era o dia em que começavamos a preparar o Natal e, confesso que fazer a árvore de Natal depois de chegar do trabalho não me soa muito bem.

Para mim, “começar” o Natal significa muito mais mas, fisicamente, é fazer a árvore de Natal, ter todos os dias bolachinhas de gengibre, enfeitar a casa e, claro dar início ao (aos) calendário do advento.

Adoro calendários do advento, para além de dar pano para mangas a nível de ideias, cada uma mais original que a outra, ajuda-nos a todos a “entrar” no Natal e a nos prepararmos para o dia 25 de Dezembro. Boas acções, programas divertidos, chocolates, pensamentos,  orações – há de tudo. Nós, lá em casa temos este calendário que fizémos há dois anos mas o ritual é o mesmo desde sempre: sentamo-nos todos no chão, depois do jantar, e cada um diz o que foi o melhor do seu dia. Tento mostar-lhes que  devemos  ser gratos pela vida que temos e pelo dia-a-dia que levamos. Depois recebem uma guloseima.

Mas, este ano,  e porque não resisto à tentação de inovar no calendário do advento (e também porque gosto de ver a árvore de Natal enfeitada com presentes), temos uma novidade que tem sido o maior sucesso:

Selecionámos 24 dos melhores livros cá de casa, que muitas vezes nos esquecemos de lhes ler, e embrulhámos. Cada um com um número de 1 a 24. Então, cada noite do advento desembrulhamos o livro correspondente e ouvimos essa história. Eles adoram, por todas as razões mas principalmente pelo acto de desembrulhar que, por si só já é emocionante, o barulho do papel e a curiosidade de saber qual vai ser a história que vão ouvir nessa noite.

E é assim que começa por aqui o Natal…

Os serões de “crafts”

 
  
  
  

Já faz quatro anos que, nos meses que antecedem o Natal, nos juntamos, uma vez por semana com, com o objectivo de fazer presentes e enfeites de Natal. A ideia é torná-los, mais bonitos, mais caseiros, mais nossos e claro, mais baratos.

As ideias variam todos os anos, já fizémos isto e isto em anos anteriores e muitas mais coisas. Este ano, temos “jóias” de conchas, sprays de alfazema, sacos-cama de sereia e muito mais. Somos muitas e por isso, cada uma vai fazendo aquilo que  tem mais jeito. Uma corta, outra cose, uma desenha, outra pinta. Uma serra, outra martela. Enfim estas noites voam e não damos pelo trabalho, pois a conversa é sempre muito animada.  Percebemos que tudo se faz e o gozo de dar, deixa de valer por si só e passa a ser o gozo de dar aquilo que se fez. A pensar no outro.

Quando os dias de Natal se aproximam, percebemos que passou tudo depressissima e ainda temos imenso que fazer, de repente acelaramos o ritmo, preparamos os presentes “comestíveis”, tudo já cheira mais a Natal e nós, sem termos dado por nada já o estamos a comemorar à imenso tempo. Porque o Natal é isto. Pensar em cada uma das pessoas que vamos presentear. Parar e estar com aqueles de quem mais gostamos.