A Primavera e outra boa notícia

foto primavera

Que excitamento o Benjamim estava com o inicio da Primavera! Durante dois dias não falou noutra coisa. Ontem adormeceu a falar nos coelhinhos, borboletas, joaninhas e até no arco-iris, que iria ver ao acordar hoje, o primeiro dia da Primavera! 

Acordou-nos às 6.30 da manhã, “acordem depressa começou a Primavera!” -tal e qual como se fizesse anos ou fosse a manhã do dia de Natal. Ao chegar à cozinha e a olhar lá para fora diz “Oh mãe, porque é que as nuvens estão assim escuras se já é Primavera…”

Agora, antes que comecem a chorar, comovidos com a desilusão do nosso doce Benjamim, vou dar uma boa notícia.

O nosso querido amigo Tiago vai começar a colaborar com o cincomaisdois. Será uma participação semanal, onde o Tiago nos presenteará com as suas artes sejam elas Permacultura ou Fotografia.
Passo então a palavra ao Tiago :

“O que me lembro de quando conheci a Maria no meu 8ºano no Liceu Rainha Dona Amélia é que ficámos instantaneamente com todo o sentido amigos “for real”, de tal natureza que nem me lembro de como nos conhecemos.Havia manhãs que ela com o seu pai davam-me boleia para o liceu, o que eu gostava mais, em alternativa a ir de autocarro.

Agora a Maria oferece-me novamente boleia, no seu blog lindo! A ideia faz sentido para mim porque admiro a Maria e a sua família “os cincomaisdois”, que tomo também como minha, porque estamos em sintonia com aspectos práticos e emocionais da vida.Eu sou fotógrafo e permacultor. São duas actividades que se baseiam em privilegiar a observação para em seguida tomar uma decisão. A de disparar a camera fotográfica e a de conjugar diferentes elementos num ciclo que se pretende fechado, respectivamente.Dessas duas coisas que ando a fazer apaixonadamente, a Permacultura é a menos conhecida e falada mas é uma coisa que já está em nós, só que adormecida.Com a minha fotografia, pesquisa e experiências espero partilhar coisas tão maravilhosas como as que a Maria tem feito e que consiga também dar um complemento útil para o cincomaisdois.wordpress.com.

Vamos a isso!

Tiago da Cunha Ferreira ”

E para se começarem já a deliciar com as fotografias deste grande fotógrafo:

Obrigada mano Tiago!

foto velha

Todos para uma tatuagem

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E porque não transformar uma tatuagem num programa de família?! Desde o verão que ando para fazer esta tatuagem. Felizmente temos a sorte de um grande grande amigo, já desde os tempos do liceu, ter aberto recentemente uma loja de tatuagens. Todos queriam conhecer a loja e, claro ver como se fazem as tatuagens “verdadeiras”. Para mim, ficou ainda mais especial, só pelo facto de eles estarem ali. Para eles foi uma manhã super diferente e divertida – a loja tem luzes, motas, desenhos na parede e ainda por cima tudo ao som do Bob Marley que eles tanto gostam. E tenho a certeza que nunca se vão esquecer do dia em que a mãe fez uma tatuagem para sempre. “Oh mãe ela nunca nunca vai sair?”

Só falta dizer que ficou linda demais. Obrigada querido Júlio!

Chai

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As noites frias de inverno, como a de hoje, pedem chá, para nos aquecer por dentro e por fora. E se penso em chá para aquecer, penso no chá o mais aconchegante de todos – o chai – a receita que uso foi a minha amiga Rita que me deu (claro que, como tudo o que faço ligeiramente alterada) fazíamos muito nas noites dos crafts do ano passado. Deixo a receita para quem quiser experimentar, vale mesmo a pena… Podemos até fechar os olhos, enquanto o bebemos, e em poucos segundos estamos na Índia.

6 cravinhos
6 cardamomos
6 grãos de pimenta preta
1 colher de chá de gengibre
Sementes de funcho ou anis*
1 folha de louro
1 pau de canela
1/2litro de água

Uma saqueta de chá dargeeling
Uma colher de sopa de açúcar mascavado
1 chávena mal cheia de leite

Ferver durante cinco minutos os primeiros ingredientes.
Juntar as saquetas de chá e ferver mais um pouco.
Juntar o açúcar e o leite e servir.

*como não tenho uso o funcho que temos na horta

4

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Todos os anos, sempre que eles fazem anos, faço-lhes uma coroa. Sempre diferente, tentando satisfazer as cores e formas eles gostam mais. Este ano, assim foi entre bolos, pães,  bolachas e outras goluseimas dediquei uma parte do meu dia a fazer a coroa que imaginava que ele iria gostar mais. A camisola também já estava pronta para a poder usar no dia de anos.

Nem coroa nem camisola. Não quis usar nenhuma… mas foi o menino mais feliz do mundo durante todo o dia. Teve duas festas, uma de manhã para os amigos da escola, outra à tarde para família e amigos. O sorriso nunca lhe saiu da cara e ainda teve direiro a ter o amigo Ricardo a tocas umas músicas!

Parabéns querido Benjamim!

o ciclo

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Cá em casa acreditamos muito nos ciclos que as coisas podem ter. Por isso tentamos fazer da reutilização e da reciclagem um modo de vida.

Uma das coisas boas de ter uma horta é que ela serve como um pequeno centro de reciclagem não só porque muitas das coisas que não usamos em casa tem sempre alguma utilidade lá em baixo (e se não têm inventa-se) como também através da compostagem.

Uma das coisas que a compostagem tem de bom é que pode ser feita de várias maneiras, tamanhos e feitios, desde as pilhas de compostagem, aos simples baldes, passando pelas caixas e caixotes até a sistemas mais profissionais.

Nós nos primeiros tempos da horta começámos por utilizar baldes de tinta vazios e as mais tradicionais pilhas de compostagem e um dos projectos que tínhamos era fazer uma caixa de compostagem grande. Mas tivemos a sorte de receber uma já feita super funcional –  às vezes também é bom não ter que fazer tudo! – e foi um presente maravilhoso (obrigado!) porque nos permitiu aumentar a produção de composto ao ponto de tratarmos nós mesmos de grande parte do lixo orgânico que produzimos.

Existem vários métodos e teorias sobre a compostagem – nós seguimos o do tudo-ao-molho-e-fé-em-Deus  (baseámo-nos mais ou menos neste livro óptimo que o Tiago nos emprestou) é mais prático e até agora tem corrido bem. Funciona mais ou menos assim:

A nossa caixa de compostagem come tudo. Desde o que sai directamente da horta e arredores (ervas daninhas, plantas antigas, podas, etc) até ao que passa pela cozinha (cascas, borra de café, papeís sem tinta e por aí fora) e nem vou falar de dois pequenos hortelões que volta não volta fazem lá xixi (também vem no livro :P). A pilha vai-se acumulando, regamos (com água!) de vez em quando, e de 3 em 3 meses retiramos da base um belo composto que segue directamente para a terra, alimenta as nossas plantações e começa tudo outra vez!