Quando acordámos no Domingo a ideia era, sem nenhuma hesitação, ir para a praia. Um alvoroço de manhã para conseguirmos sair cedo – que implica uma dinâmica diferente para quem gosta de preguiçar nas manhãs de Domingo e fazer panquecas de pequeno-almoço. “Meninos hoje temos de nós despachar vamos para a praia!! ” “yeeeeeeeee”
Até que o telefone toca, era a minha mãe “a ponte está fechada”. Oh não… É a meia-maratona que eu me tinha comprometido fazer (depois explico…) E agora? Piquenique pronto, tudo pronto à espera do passeio matinal. Arrancamos todos rumo a Monsanto, aqui tão perto (soubemos mais tarde que a Marginal também estava cortada e o guincho é sempre arriscado).
Primos, tios, avós e cães. Todos juntos numa manhã em grande, com piquenique incluído.
Voltámos a casa e, apesar de todos estafados, ainda fomos para o jardim. Começar a preparar a horta para a nova estação que aí vem, a preferida lá em baixo.
À noite, adormecer foi em dois tempos, e não voltaram a falar na praia, e eu não me voltei a lamentar de não ter ido à meia-maratona…
Etiqueta: família
Um dia para uma casa
Foram quatro horas para fazer uma casinha nova. Uma casinha que há já quatro anos que queríamos ter. Precisamos mesmo dela, mas ainda não tínhamos conseguido fazer. Claro que sempre idealizámos que fosse totalmente feita por nós, mas não deu, feitas as contas à madeira e restante material, seria mais em conta esta casa. E em conta conta muito e , por isso, cá está o nosso novo abrigo no jardim. Servirá de apoio à horta, aos churrascos e aos brinquedos, mas será principalmente atelier de pintura do Francisco e a sua carpintaria para podermos cada vez mais construir as nossas coisas.
Valeu-nos a entrada repentina da Primavera, que nos deu este lindo dia de sol que permitiu a todos os filhos, primos e irmãos passarem um belo dia no jardim, depois de meses sem lá pôr os pés. Mas, principalmente o nosso querido irmão António que sem ele ainda teríamos a casa dentro da caixa.
da minha avó
Na altura não percebia, mas agora vejo que sou muito parecida com a minha avó. Felizmente guardo dela uma memória muito viva e também dela herdei diversos utensilios, sem qualquer valor a não ser o valor de saber que aquelas eram as coisas que ela usou anos e anos ao longo dos seus 15 filhos e centenas de netos.
Hoje dei aos meus filhos ovos quentes, nestes suportes que eram dela, acho que dificilmente iriam gostar tanto de ovos quentes se lhos oferecesse noutros… e tenho a certeza que a minha avó ia adorar ver estes bisnetos, que nunca chegou a conhecer,a usarem as suas taças velhinhas de ovos quentes!
Da minha mãe
Com a minha mãe aprendi a importância das refeições, que sopa e salada nunca podem faltar e que devem ser sempre requintadas mesmo que estejamos sós. E foi misturando esse requinte que lhe é próprio com o que aprendeu da sua mãe (a minha avó era uma doceira que não havia igual) que se dedicou à arte deste doce tão raro e bom – as lérias.
E é para fazer as maravilhas de todos que produz com muito amor estas deliciosas iguarias. O fabrico é caseiro mas são todas iguais: ovos açúcar e amor .